Só depois do link editado, nos apercebemos do lapso
Colaboração especial no Polvo da Notícia -
PORTUGAL de A a Z
Semana a semana uma LETRA a descontar neste rosário de penas que começa no fim.
(Autor – jornalista profissional obrigado a emigrar para a clandestinidade)
Z – de ZERO para começar ou acabar. De Zenha – Francisco Salgado Zenha para lembrar um nome que faz parte da memória de qualquer português com mais de 50. Seu nome ficou gravado nos gritos de protesto da juventude estudantil durante décadas. Foi ministro da Justiça e Finanças em 5 Governos Provisórios. Lutou e sofreu pala liberdade.
Pouco antes de ele morrer (1993) num encontro inesperado afirmei – lhe como me preocupava a Revolução de Abril que avançava arrastando consigo todo o lixo de uma sociedade que pensávamos, havia sido ultrapassada. Zenha aconselhou – me a ter calma “ Calma. As revoluções não se fizeram nem num, nem para um dia. Pode levar gerações -. Retorqui – lhe que entretanto havia gente a sofrer em cada dia que passava, sem culpa nem justificação. Adiantou que esse era o mal das revoluções”.
Mais de 20 anos volvidos vejo que o nosso herói sabia que as Revoluções são para entreter quando delas se apoderam líderes hábeis e maliciosos e traiçoeiros que usando truques e palavras dúbias afundam um País e martirizam a alma de um Povo.
Francisco Salgado Zenha nasce a 2 de maio de 1923 em Braga, numa família abastada. Começa a ganhar notoriedade quando, em 1944, durante o curso de Direito em Coimbra (que concluirá com uma média de 17 valores), é o primeiro estudante eleito para presidente da Associação Académica durante o regime salazarista. É demitido no ano seguinte ao recusar-se a participar numa manifestação de apoio a Salazar. Recebe o apoio dos estudantes, não deixando de publicar o "Relatório e Contas" da sua gestão, numa edição que logo se esgota.É, desde cedo, um dos nomes maiores daoposição ao Estado Novo. Participa na fundação do Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUD-Juvenil), chegando a ser preso em 1947 por "atividades subversivas". Conhecerá, mais tarde, o dirigente do movimento estudantil lisboeta,Mário Soares, do qual se torna grande amigo.- Excerto de Francisco Salgado Zenha
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