segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Milionários multiplicam a fortuna e escapam à crise num país cada vez mais pobre - Em PORTUGAL de A a Z

COLABORAÇÃO ESPECIAL 
NO POLVO DA NOTÍCIA

Semana a semana uma LETRA a descontar neste rosário de penas que começa no fim.

(Autor – jornalista profissional obrigado a emigrar para a clandestinidade

X – de XPTO – gíria, forma de significar que está melhor que bom, muito bom.
Neste momento, raros são os portugueses que poderão afirmar que o seu país está XPTO. Dir – se – ia que apenas os multimilionários e elementos ligados ao Governo e partidos em que ele se sustenta o afirmam com satisfação. Mesmo sabendo – se que cerca de 90% por cento da população enfrenta crescentes dificuldades e que não duvidam de que elas continuarão, 10% esfrega as mãos de contentes pois há décadas que a conjuntura económica- politica e financeira lhes não era tão favorável.

Os mais ricos duplicaram no último ano a sua riqueza enquanto o numero de pobres aumentou tragicamente, com o seu cortejo de aumento de fome, doenças, suicídios marginalidade, manifestações, lamentos de uma população que sofre e ainda a apoiada saída de nacionais para irem trabalhar em regime de também crescente escravatura na Alemanha, Inglaterra, Holanda, Suíça e Luxemburgo e outros países.

Os meios de comunicação que se têm feito eco desta  dramática situação são exactamente os mesmos que de igual modo propagam a nova imagem (XPTO) de um país a renascer, a sair da penúria, a começar a brilhar no firmamento monetário internacional.
Z – de ZERO para começar ou acabar. De Zenha – Francisco Salgado Zenha para lembrar um nome que faz parte da memória de qualquer português com mais de 50. Seu nome ficou gravado nos gritos de protesto da juventude estudantil durante décadas. Foi ministro da Justiça e Finanças em 5 Governos Provisórios. Lutou e sofreu pala liberdade.

Pouco antes de ele morrer (1993) num encontro inesperado afirmei – lhe como me preocupava a Revolução de Abril que avançava arrastando consigo todo o lixo de uma sociedade que pensávamos, havia sido ultrapassada. Zenha aconselhou – me a ter calma “ Calma

As revoluções não se fizeram nem num, nem para um dia. Pode levar gerações -. Retorqui – lhe que entretanto havia gente a sofrer em cada dia que passava, sem culpa nem justificação. Adiantou que esse era o mal das revoluções”.

Mais de 20 anos volvidos vejo que o nosso herói sabia que as Revoluções são para entreter quando delas se apoderam líderes hábeis e maliciosos e traiçoeiros que usando truques e palavras dúbias afundam um País e martirizam a alma de um Povo


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